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domingo, 10 de junho de 2012

GRANDE LOJA DA BAHIA 85 ANOS - GRANDE LOJA DA BAHIA – A Primeira do Brasil.

     Fundada, como Potência Simbólica Soberana, em 22.05.1927, por Francisco Borges de Barros (iniciado em 1917 – proclamado, aos 45 anos, Grão Mestre Provisório e depois eleito para o período 1928/1931) inspirado no desejo que tinha Mário Behring, do Supremo Conselho do Rito Escocês, no Rio de Janeiro, desde 1925/1926, de, a exemplo do que já acontecia em outros países, criar Grandes Lojas exclusivamente Simbólicas, pois à época as Lojas eram MISTAS, simbolismo e filosofismo, com dupla subordinação (Rio de Janeiro), o surgimento da então Grande Loja Simbólica da Bahia, DEPOIS Grande Loja Unida da Bahia (1954), ATUAL Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia (1997), foi conseqüência e ao mesmo tempo estopim para o inevitável e irreversível CISMA DE 1927, ocorrido no Grande Oriente do Brasil, quando muitas Lojas, negando obediência, passaram a integrar Grandes Lojas Simbólicas, movimento consolidado em 1929.   
     A expulsão de um obreiro em Salvador, em 1896, de que resultaram desentendimentos, melindres e ressentimentos que duraram anos, a insatisfação de um Delegado do Grão Mestre (Francisco) que, grau 18, não conseguia outros graus e entendia que era marcação de desafetos (“herdados” dos idos de 1896) com influencia e o desejo e persistência de Behring, com a idéia da criação, nos Estados, de Grandes Lojas, Simbólicas, descentralizadas, independentes, soberanas, foram água, cimento, cal e areia para erigir a primeira Grande Loja Simbólica do Brasil. Borges sabia do desejo de Behring e contatos seria questão de tempo. 
Era de tal monta a insatisfação de muitos irmãos, e Lojas, com o Poder Central, no Rio, que, segundo o irmão Celso Jaloto Ávila Junior, em seu excelente livro “A Maçonaria Baiana e Sua História” (P&A Gráfica e Editora/2000/Salvador), depois das pregações feitas por Barros na Capital e no Interior, se não fosse criada a nova e soberana Potencia Simbólica com a designação de Grande Loja, seria criado um Grande Oriente Simbólico Independente, mas a maioria optou por intitular como Grande Loja Simbólica a nova Potencia. Percebe-se que o mais importante não era a denominação: o objetivo principal era Simbolismo só e não mais ficarem subordinados (Lojas e obreiros) ao Rio de Janeiro.    
     Pelo que está aí em cima, consequentemente para se entender o porquê do CISMA (depois da outorga da Carta, por um dos Poderes, à Grande Loja da Bahia), convém notar, acerca da dupla subordinação quando as Lojas eram Mistas (está no livro – buscou auxílio em José Castelani), que à época, o Grande Oriente do Brasil, enquanto Grande Oriente como Potência SIMBÓLICA, foi fundado em 1822 e o Supremo Conselho para o Império do Brasil, do Rito Escocês Antigo e Aceito, surgiu em 1829 com a preocupação de administrar os Corpos FILOSÓFICOS desse Rito, daí emergindo as Lojas Capitulares. Assim, uma Loja que desejasse instituir um Capítulo deveria pedir ao Supremo Conselho e não ao Grande Oriente – “dupla subordinação que menos de 100 anos depois serviria como gatilho para Behring provocar a grande cisão de onde surgiriam as Soberanas Grandes Lojas em todo o País”. Segundo Jaloto, essa ambigüidade somente desapareceria em 1951. Em 1854 tinha ocorrido a fusão dessas duas Obediências. Lideranças, disputas, desejo, concessão de Carta, competência, pode, não pode, rompimento, daí... CISMA!

Por Jorge Wehbe Neme.
M.´.M.´., ARLS Areópago Itabunense, GLEB

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