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Dicas de Direito Previdenciário

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VR - Advocacia & Consultoria Jurídica

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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

ORDEM DEMOLAY


Elevação Regional Sul e comemorações dos 25 anos do Cap. Buerarema da Ordem Demolay

Sir Cavaleiros do Priorado Nobres Cavaleiros da Terra Santa.
Ao Centro o ICC, Herbert Christ

No dia 24 de novembro, foi realizada pelo Capítulo Buerarema, nº 64 (SCODRFB/GCE-BA), no Templo Maçônico da Loja Romã do Progresso, Or. de Buerarema, mais uma Elevação Regional ao Grau DeMolay, sendo elevados os sobrinhos dos Capítulos Itabuna, Itajuípe e também do próprio Cap. Buerarema. O Capítulo realizou uma bela cerimônia de elevação tendo na composição do corpo de oficiais demolays da Região Administrativa Sul, aos quais foram rendidos vários elogios por parte dos maçons e demolays que presenciaram, por suas atuações.
O Capítulo foi agraciado com a presença de vários maçons e autoridades, dentre elas o Oficial Executivo da Região AdministrativaSul (GCE-BA), Ir. Ícaro Emanoel, o Venerável Mestre da Loja Romã do Progresso, patrocinadora do Cap. Buerarema, Ir. Antônio Elias, o Mestre Conselheiro Regional Sul, o sobrinho Renato Santos, o Presidente do Conselho do Capítulo Buerarema, Ir.Silvano Valadares, o Presidente do Conselho Consultivo do Cap. Cavaleiros da Mestra Nada, Ir.Khalil Augusto, o Consultor e Assessor do OE-SUL, Ir.Antônio Profeta, o Ilustre Comendador Cavaleiro do Priorado Nobres Cavaleiros da Terra Santa, nº 148, Herbert Christ, o Grande Comendador do Lesta da Corte Chevalier Gilberto Nascimento de Jesus, nº 17, Amauri Leal, o Nobre Cavaleiro Leonardo Dias, do Castelo da Távola dos Escudeiros - Esperança da Terra Santa Nº 20,dentre outros Maçons, demolays, sêniores demolays visitantes e membros do Conselho.
Na mesma data no período da tarde, também aconteceu a última convocação para o ano de 2012 do Priorado Nobres Cavaleiros da Terra Santa, presidida pelo Ilustre Comendador Cavaleiro, sobrinho Herbert Christ e todo o corpo de cavaleiros oficiais do Priorado.
Em seguida todos seguiram para o salão de banquetes da Loja Romã do Progresso aonde foram agraciados por um delicioso coquetel.
Todos esses eventos fizeram parte da programação do aniversário de 25 anos de fundação e instalação do Capítulo Buerarema da Ordem Demolay, nº 64, SCODRFB/GCE-BA.

MC do Cap. Itajuípe, MC do Cap. Coaraci, MCR-SUL, MC do Cap. Ibicaraí,
o MC do Cap. Buerarema e o Oficial Executivo da Ordem Demolay
 – R. Sul da Bahia (SCODRFB/GCE-BA)

Maçons de diversas Lojas da Região Sul da Bahia,
que estiveram presentes no evento

sábado, 17 de novembro de 2012

ORIENTE DA PARAÍBA


IR.•. Newton Figueiredo Pinto lança livro Vivências Maçônicas


O LIVRO: Neste livro, o Maçom Paraibano NEWTON FIGUEIREDO PINTO, Mestre Instalado e Membro Efetivo da Academia Paraibana de Letras Maçônicas, apresenta à Sociedade Brasileira as suas nítidas vivências dentro da ordem maçônica. É uma obra para ser lida por Maçons e não Maçons, com uma linguagem simples e objetiva em suas 200 páginas, onde o autor nos traz um bálsamo de relatos do cotidiano da secular ordem, com histórias didáticas, entremeadas por citações musicais, contos, anedotas e também fatos memoráveis vivenciados pelo autor com sua visão sempre otimista em relação à Irmandade.
É, sem dúvida, um livro surpreendente, que vai prender o leitor do início ao fim!


O AUTOR: Newton Figueiredo Pinto, nasceu na cidade de Sousa, no sertão da Paraíba em 07 de dezembro de 1970, casado, pai de três filhos, com formação em Fisioterapia. Membro Ativo na Augusta, Respeitável e Benfeitora Loja Maçônica “Major Lindolfo Pires Nº 1.894” (GOB) em Sousa-PB, onde descobriu os mistérios maçônicos no dia 31/dez./1998, foi elevado a Companheiro em 23/mar./1999 e Mestre em 23/nov/1999; Nela, foi ainda Tesoureiro (gestão 2001 a 2003) e Venerável Mestre por dois mandatos consecutivos (gestão de 2003 a 2007); Fundador do Conselho Consultivo do Capítulo “João Bosco Marques de Sousa Nº 509 da Ordem DeMolay” em Sousa-PB, é Coordenador (Delegado) do Grão Mestrado Estadual da 6ª Região do Grande Oriente do Brasil-PB, Titular da Cadeira Nº 29 da Academia Paraibana de Letras Maçônicas, Fundador e Efetivo da Cadeira Nº 11 da Academia Sertaneja Filosófica Maçônica na cidade de Patos-PB. Ainda na Maçonaria Filosófica, é Grau 15º do Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para o Rito Escocês Antigo e Aceito e atual Presidente da Augusta Loja de Perfeição “Antonio Marinho Correia”, Região de Sousa-PB.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

PALVARA DO GRÃO MESTRE: GLEB

Ética 2012

Orientar, instruir e/ou conduzir Seres Humanos são tarefas dificílimas que exigem, do gênero humano, grau específico significativo de responsabilidade embasada, no íntimo, na moral, ética e estética, mas elevadas.


Permitam, meus Queridos Irmãos, tecer algumas reflexões acerca de assuntos que me parecem importar, tal como a AUTONOMIA, em face dos acontecimentos atuais, no que respeita as regras de boa convivência. É provadamente verdadeira a teoria de que no Universo, nada vive isolado; e de que tudo evolui; de que tudo avança; de que tudo se aprimora; enfim, de que tudo vive se transformando de relativo para absoluto, seja, de forma lenta ou acelerada, e para os devidos fins. Ora a evolução deve ter um desiderato. E qual seja ele? Cabe-nos reflexão!
Pois bem, uma das nossas maiores dificuldades em realizar transformações significativas, inclusive, em nós mesmos, reside no fato de que, para tanto, devemos fazer sempre novas abordagens e de forma sempre nova. E, porque não dizer, abordagens diferentes das realizadas, até então. Porquanto, nada vive estático; tudo vive inextricavelmente relacionado; tudo vive em eterna transformação; tudo vive em processo de eterna renovação, enfim, tudo vive de eterna inovação. No entanto, para descobrirmos algo novo, principalmente em nós mesmos, precisamos sempre de novas abordagens e as realizarmos de forma sempre nova. Questão de inteligência!
A razão não se recusa a aceitar a teoria, por exemplo, de que o Ser Humano não vive sem o saber, ou seja, sem o conhecimento. Isto porque, tal Ser é impulsionado pela evolução a buscar e achar aquele conhecimento que aborde todos os aspectos do viver, principalmente o viver humano. E não é preciso muita observação para se verificar, ou muita análise, para se concluir que tal conhecimento é deveras importante para todos os Seres Humanos, principalmente, para os que já despertaram o interesse em saber como bem se comportar nas diversas circunstâncias do viver, considerando a Razão de Nossa Existência.
É notório o fato de que o Século das Luzes prova cabalmente que na medida em que o Ser Humano evoluiu mereceu, senão despertar e/ou desenvolver, construir um dos instrumentos mais importantes para a sua evolução: a razão. Instrumento este que, necessita dele mesmo para não se desviar de sua finalidade; portanto, tal instrumento deve ser sempre afinado, pelo ente humano, para os devidos fins. Ora, a razão indica que este seu conceito deve estar, pelo gênero humano, sempre se ampliando.
Neste sentido, dentre a diversidade de capacidades que o ser humano tem, incluem-se também a de pensar, a de desejar e a de inteligir. E isso é prova cabal de que ele foi projetado para ter autonomia, uma das suas habilidades indispensáveis, que provam o seu livre arbítrio, por conseguinte, também a responsabilidade de construir o seu destino, mas sem dar-lhes as costas, pois não é dele, destino, dar passos em falso. No entanto, só a razão faculta autonomia. Isto porque, ele, o Ser Humano, é o arquiteto, construtor e condutor do seu destino. Assim, enquanto ele não constrói o seu destino, o destino o constrói. Isto porque, universo nada está estático; tudo está em evolução.
De fato estamos fadados à libertação! A evolução é prova cabal disto. No que tange a nossa razão de existir, carecemos do encontro com a verdade; e enquanto não a perseguimos tendemos a, tão logo, nos perceber sendo seguido por ela. E na busca incessante pela verdade, pois só esta liberta, a razão, essa amiga que deseja ser companheira nossa inseparável, não se recusa a aceitar a idéia de que o Ser Humano não deve se prender numa só abordagem, principalmente quando se trata da busca da verdade acerca de algo, como, por exemplo, nós mesmos. Todavia, só o milagre de abordar a verdade com admiração, como um adivinho de um mistério, favorece, no mínimo, à razão, à espontaneidade e à intuição. Daí pode-se filosofar. E isso significa, também, responder às indagações, de forma que se possa favorecer, primeiro: que tal indagação seja sempre intensamente viva. Segundo: que ela nunca se defina definitivamente. E terceiro: que a mesma suscite, exija e/ou implique em outras abordagens não só conhecidas e disponíveis, mas também possíveis. Eis a importância de nos mantermos, ao mesmo tempo, interessados, instigados e incitados, quanto à busca do novo.
A razão também corrobora com a teoria de que o Ser Humano é um Ser que sente, pensa e age, concomitantemente, para a construção de seus atos e de suas obras; e que, também busca a felicidade quase como uma prioridade máxima. Para tanto, ele deve viver integrando, em si mesmo, o seu sentir, pensar e agir, numa só ação de autointegração, para que possa estar certo de que está fazendo a sua parte para que tudo viva sempre em harmonia. Enfim, ele precisa buscar tornar-se um Ser, cada vez mais, humano, ou seja, um Ser Benevolente, um Indivíduo, um Ser Indiviso, um Ser Não Dividido, melhor ainda, um Ser Não Fragmentado. Até porque, nós, o mundo e a humanidade somos uma e a mesma coisa; e os fazemos como são e estão; daí porque, cada um de nós deva fazer sua parte para que o todo viva sempre em harmonia. E, assim como necessitamos de razão, bom senso e boa intenção, cada vez mais claras, também necessitamos de moral, ética e estética, cada vez mais, elevadas.
Porque precisamos de razão? Porque ela co-substancia a teoria de que no Universo tudo tem uma razão de existir; e que deve ser justificada; contudo, melhor do que só justificar é justificar racionalmente. Também porque, o nosso destino é Deus, o Princípio Criador de todas as coisas; portanto, de nós mesmos, mas naquilo que somos em essência; contudo, nós somos os construtores, por conseguinte responsáveis, do nosso próprio destino. Todo construtor é responsável por sua obra. Para tanto, senão temos, busquemos ter autonomia. É também verdade que o caminho da autonomia é individual; a autonomia sem responsabilidade é, no máximo, um arremedo de autonomia. Para ela, a autonomia, a independência de raciocínio é indispensável. Daí por que afirmar-se que, quem não é sujeito de sua autonomia, geralmente deseja ser sujeitos da autonomia dos outros.
Por que precisamos de bom senso? Por que não vivemos isolados; vivemos em sociedade; vivemos em relações, que implicam em sociedade; que implica em ajuda mútua, portanto, que carecem da harmonia. Para tanto, temos a sensatez, que é a sabedoria da qual depende a beleza, riqueza e significação da boa qualidade das relações humanas. E não há virtude que enfraqueça a racionalidade, sensatez e boa intenção, que se exige de um bom Ser Humano.
Por que precisamos de boa intenção? Porque, vivemos num mundo de causalidades; onde não há efeito sem causa, nem causa sem efeito; onde toda ação provoca uma reação igual e em sentido contrário. E neste mundo, somos julgados por nossas intenções e não por nossos atos.
Por que precisamos de moral? Porque nada detém o poder da evolução; e evoluímos, mas não só pela razão e pelo sentimento, mas também pelo sofrimento. Assim, sofremos; se sofremos é porque estamos fazendo o errado; se existe o errado existe também o certo; e se existem o certo e o errado, então precisamos da consciência moral para discernir entre o certo e o errado, para os devidos fins.
Por que precisamos de Ética? Porque não se vive, senão em relações, que exigem, no mínimo regras de boa convivência. Portanto, os nossos interesses devem ser comuns. Logo, os nossos interesses particulares devem ceder espaços para os interesses gerais.
E por que precisamos de Estética? Porque, assim como existe a sabedoria, a força e a beleza, também, existe a moral, a ética e a estética, pois devemos viver enchendo o nosso Ser, cada vez mais, de sabedoria e de força, mas sem esquecer de ter beleza em nossas ações. Devemos dar um estilo racional e sensato à razão de nossa existência.
Assim, falar de Ética é falar de algo que, embora a maioria de nós possa saber o que é, o que possa ser ou o que deva ser, ela não é algo tão fácil de ser abordado, como tão fácil é de ser indagado. O conhecimento, por exemplo, não deve ser considerado algo ético ou aético, pois existe a necessidade de se descobrir a realidade, para os devidos fins. No entanto, o que se fez, se faz ou se pretende fazer com o conhecimento, é que pode ser considerado como algo ético ou aético.
Daí a razão de não podermos nos desvencilhar da Ética, pois assim como a razão, ela também carece dela mesma para não se desviar. Ela está dentro de nós; e para onde formos ela também vai, e nos mostra, tanto o ideal, quanto o possível a ser realizado, para vivermos em equilíbrio dinâmico e com autonomia. Ela, a Ética, é um presente que nós nos damos. Ela reside em nosso Ser e vive crescendo dentro de nós, a ponto ser percebida como algo indispensável para vivermos em pleno gozo do que há de melhor para todos nós; portanto, felizes. Vivendo assim em sintonia com o Universo, assim como vive o sol e os planetas do nosso sistema solar.
É racional que, quem deseja ensinar e quem deseja aprender, pode e deve iniciar sua abordagem, indagando. Portanto, cabe indagar: afinal, qual é ou qual seria o ideal do viver ético? Quando falamos da Ética, falamos também do equilíbrio dinâmico com o qual o ser humano deve viver, pois, no Universo, tudo é sociedade; tudo tende ao Bem, enfim, para a harmonia. Para tanto, usa-se o conhecimento.
Assim, falar de Ética é falar também da virtude; é falar também da sabedoria; é falar também da felicidade, dada a teoria de que o Ser Humano pode e deve ser virtuoso; pode e deve ser sábio; enfim, pode e deve ser feliz, considerando o fato da Razão de Sua Existência e de sua procedência Divina. Até porque, ele, o Ser Humano, é originariamente bom, é originariamente virtuoso. E a virtude obriga!
A Ética deve ser considerada, também, como uma interface indispensável entre o nosso desejo de ser feliz e o desejo de ser feliz do nosso semelhante; haja vista, enquanto pouco inteligentes, nem sempre os nossos interesses estão inter-relacionados, embora devam ser comuns.
A Ética é uma demonstração do valor, inclusive, da racionalidade, pois é nesta que aquela se radica e se revela, segundo a conduta de quem a usa para os devidos fins. A racionalidade é a arte do bem viver; e a Ética é a arte de saber viver bem conosco e com o meio no qual nos inserimos. Assim, não pode haver felicidade onde, ao contrário dos princípios éticos elevados, os interesses particulares determinam o sentir, pensar e agir do gênero humano.
Não é preciso muito esforço para perceber que ela, a Ética, nos livra de sermos rebeldes construtores do sofrimento e nos leva a ser obedientes construtores da felicidade.
Contudo, esta não é favorecimento, mas sim mérito; não é condição, mas sim conseqüência. Ela é o resultado do cumprimento dos nossos deveres, portanto, quem ainda não é feliz é porque ainda não cumpriu com o dever respectivo, pois, no Universo tudo são Leis; e elas se baseiam em direitos e deveres. Direitos sem deveres é loucura; e deveres sem direito é escravidão.
Assim, a felicidade não deve ser entendida como um fim, mas sim um princípio que deve ser usado como meio de ação para os que desejam ser feliz. É verdade que, enquanto pouco inteligentes, confundimos prazer sensorial, com felicidade; erudição, com evolução; instrução, com educação; técnica, com sapiência; a fama, com grandeza. Contudo, a felicidade não é produto das circunstâncias. É produto da nossa essência. E isso significa que, tão fundamental quanto ser feliz é ser a própria felicidade. Pois, feliz é aquele que passa por cima de tudo em equilíbrio dinâmico. Feliz é quem sente, pensa e age em harmonia. Feliz é quem vence a si mesmo, principalmente quando pressionado, tentado e/ou provocado no dia-a-dia de suas relações. Feliz é quem já concebe a sua responsabilidade individual e social, portanto, para consigo e para com seus semelhantes, enfim, para com Deus, que é a própria felicidade.
Não é preciso muita inteligência para concluir que viver é ser e estar em relação com o todo que se faz parte. E o valor significativo real das relações não é só a busca de felicidade, mas sim autorrevelação, para que possa haver o autoconhecimento, por conseguinte, felicidade. Todavia, autoconhecer não é fugir de si mesmo, mas sim refugiar-se em si próprio, a ponto de compreender; e daí poder integrar, comungando consigo e com Deus, O Grande Arquiteto do Universo, para então se dizer autorrealizado; não obstante feliz.
O Ser Humano deve viver buscando e achando tudo que necessita ou deseja para a sua evolução. Geralmente, quem ainda não sabe achar a felicidade em si mesmo, busca encontrá-la nos outros, bem como por toda parte. Os seres humanos que assim procedem devem ser aconselhados quanto ao fato mais próximo de que, quem deseja achar a felicidade, deve buscar fazer a felicidade do seu próximo. Quando o Ser Humano substitui a felicidade pelo prazer sensorial, por exemplo, dá indícios de que não mais ignora, mas esquece e/ou inobserva o que é indicado pela noção exata de alma, de consciência e de Lei Natural para a nossa evolução. Portanto, não só corre riscos dispensáveis, mas também perigos inevitáveis cujos prejuízos são quase que irreparáveis.
É notório o fato de que a dita felicidade advinda dos apegos às coisas tanto materiais, quanto espirituais favorece a frustração, a tristeza e a depressão. Daí a importância da Ética, que pode ser considerada como a ciência, arte e magia de prevenir, tratar e alquimizar possíveis e/ou existentes desequilíbrios do Ser Humano, portanto, disponibilizar-lhe o estado de felicidade. Pois, o equilíbrio dinâmico não deve ser tratado só como uma possibilidade, uma tendência ou uma pretensão do Ser Humano, mas bem como uma necessidade. Isso significa que nossa felicidade não depende do que nos falta, mas do que fazemos com o que temos. Não é preciso muito para perceber que, quem não busca a felicidade, a inveja; quem pensa tê-la achado, lastima; e quem a encontra não se satisfaz, pois ser feliz consiste em sempre buscá-la. Coisas da evolução! Ora, melhor do que a linha de chegada é o transcorrer da jornada. O meio determina o fim!
Tão importante quanto o desafio de fazer com que a humanidade atinja o estado de felicidade, é fazer com que ela atinja aquele estado de paciência, persistência e inteligência diante da infelicidade. Isto porque, a felicidade dela não deve estar relacionada ao alvo que ela mira, mas no arco e flecha que ela tem em suas mãos. Geralmente, em nossa infelicidade buscamos conforto em outra pessoa. Entretanto, quem vive para felicidade caracterizada pelo prazer sensorial, por exemplo, tão logo se quebranta como árvores fixas e rijas quando das tempestades naturais. Isso quer dizer que a felicidade não consiste no aumento do prazer, mas na extinção da decepção, da dor e do sofrimento.
Portanto, considerando o valor das relações, sugiro que seja compreendido, por todos nós, a idéia de que, quem deseja ser feliz, deve favorecer a felicidade do outro, ainda que precise sacrificar a sua própria felicidade. Porquanto, ser feliz é, também, buscar e achar o que há de melhor, em si mesmo, e utilizá-lo para os devidos fins, considerando o fato de que não vivemos sozinhos.
Todos nós queremos a mesma coisa: ser feliz; evitar o sofrimento; e realizar o que devemos realizar, a contento. Contudo, enquanto pouco inteligentes, senão nada, pouco sabemos acerca dos meios devidos para satisfazer-nos. Eis porque a Ética é tão necessária. No entanto, ético e correto é quem não prejudica nem a experiência nem a expectativa de ser feliz, de fazer feliz o seu próximo, bem como de fazer feliz o meio no qual vive inserido. Isto porque, o ser humano está fadado a ser feliz, mas não antes de ser paciente, persistente e inteligente, o bastante. Ser paciente para não se desesperar diante das crises do viver; persistente para não desistir do que é ético diante, inclusive, do que é aviltante. A paciência favorece à realizações ainda maiores e a impaciência deforma nossas almas. E ser inteligente para fazer o certo diante das pressões, provocações e tentações do dia-a-dia de suas relações, pois só o correto indica retidão. Eis a busca dos Iniciados na senda do Sagrado!
Uma das maiores fontes de infelicidade, por exemplo, é a competitividade, pois ela nos faz tender à ansiedades; e estas ao desespero. Contudo, realizar desejos sem o assessoramento da razão e da Ética que se deve ter, torna inevitável a fragmentação, cada vez mais, crescente entre todos nós. Assim, o Ser Humano tem o dever moral de habituar-se em avaliar o seu comportamento, momento a momento, diariamente, e corrigi-lo segundo o que indicam os valores da razão e da Ética, portanto, dos valores das Leis Divinas, das Leis Universais, enfim, das Leis Naturais que regem o Universo, ou seja, segundo os mais belos, ricos e significativos padrões de ações.
Assim, é de importância capital ser compreendida, por nós, a razão da Ética, e a ética da Razão, no que respeita a construção da AUTONOMIA, pois a infância, a adolescência e a velhice são fases inevitáveis do processo de evolução do ser humano. Na infância, todo ele aprende; portanto, devemos ser como um Mestre para ele e dar-lhe princípios morais, éticos e estéticos, cada vez mais elevados, em vez de apenas boa aparência. Na adolescência ele tende praticar até sentir o que aprendeu na infância, portanto, devemos ser como um Pai para ele e dar-lhe retidão bem como sentido de decência, mas nunca a superficial elegância. E na velhice ele se eleva, portanto, devemos ser um como Amigo para ele e dar-lhe verdadeira guarida, em vez de somente agradável companhia. Tenho dito!


Jair Tércio