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Dicas de Direito Previdenciário

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VR - Advocacia & Consultoria Jurídica

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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

FESTA DA INDEPENDÊNCIA

Lojas Maçônica de Itabuna participam do 7 de Setembro


Nem as fortes chuvas que caíram torrencialmente durante toda manhã do domingo de 7 de setembro, arrefeceram o sentimento de patriotismo que movem os maçons, especialmente os maçons itabunense, que foram a avenida do cinquentenário para participar da festa dos 171 anos de independência do Brasil.


As três Lojas Maçônicas do Oriente de Itabuna: Areópago Itabunense e Acácia Grapíuna, jurisdicionadas a Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia (GLEB) e a 28 de Julho, jurisdicionada ao Grande Oriente da Bahia/Brasil (GOEB), como dever cívico que as regem participaram do desfile de 7 de Setembro. 

Além das três Lojas também participaram do momento cívico a ordem Demolay, Filhas de Jó e o Clube da Fraternidade, entidades paramaçônicas que agregam os filhos, filhas e esposas de maçons, respectivamente.

TEMPO DE ESTUDOS

Lições que a História da 
Maçonaria nos revela

A Maçonaria é uma escola, sua presença no cenário da civilização humana, perde-se na bruna do passado.
Conduzindo-se desde suas origens, como inimiga de preconceitos, desigualdades, privilégios e discriminações, a Maçonaria sempre foi contrária a tudo que se oponha ao pleno exercício dos direitos fundamentais do homem. Fiel aos seus princípios considera um homem igual ao outro em direitos não fazendo distinção entre eles, seja de origem, raça, credo, nacionalidade ou outra qualquer natureza, deixando, assim, bem claro seu caráter marcadamente democrático e sua vocação universalista.
Essa instituição milenar, universal, de base filosófica, que trabalha pelo advento da justiça, da solidariedade e da paz entre os homens, segundo opinião de pesquisadores, já percorreu dois períodos históricos e encontra-se em um terceiro ou atual – A Maçonaria Especulativa.
A Maçonaria Especulativa, Atual ou Moderna que evoluiu a partir das antigas corporações medievais de ofício – mestres pedreiros -, começou a partir do século XVIII, tendo como marco divisor de água a fundação da Grande Loja de Londres, 24 de junho de 1717, portanto, há 294 anos.
Não resta dúvida que ela nos tem oferecido histórias magníficas no decorrer dos séculos.
 Em nosso País, sua história é rica e apesar de não ser devidamente ensinada nas escolas, está ai a revelar que mesmo antes de sua instalação regular e oficial no Brasil, como Obediência maçônica em 17 de junho de 1882 (Fundação do Grande Oriente do Brasil), a Maçonaria já trabalhava, incansavelmente, pelo ideal da independência, através de poucos brasileiros iniciados na Europa que retornavam após terem concluído seus estudos.  Independência era a meta principal daqueles que fundaram o Grande Oriente do Brasil. 
Quem de sã consciência poderá desconhecer que a Maçonaria ao longo dos seus 189 anos de existência como Obediência, no Brasil, tenha exercido grande influência nos momentos e fatos mais marcantes de nossa história? 
Saibam senhores (as), os maçons brasileiros têm a honra de afirmar: foi a Maçonaria de nosso País a primeira corporação que tomou a iniciativa da Independência do Brasil e tomou todas as providências ao seu alcance, por meio de seus membros, para ser levada a efeito em todas as províncias.
O primeiro passo oficial em busca do objetivo foi o “Fico”, (ocorrido em 09/01/1822) o que representou uma desobediência aos decretos 124 e 125, emanados da Corte Portuguesa que exigia o retorno imediato do Príncipe D. Pedro a Portugal, o que se acontecesse, praticamente retornava o Brasil a condição de colônia, desfazendo-se assim a união brasílico-lusa, o que vinha de encontro aos anseios do nosso povo. 
   Maçons ilustres como José Joaquim da Rocha, José Clemente Pereira, frei Francisco de Santa Tereza de Jesus Sampaio, José Bonifacio de Andrada e Silva, Joaquim Gonçalves Ledo, Domingos Alves Brandão Muniz Barreto, José Mariano de Azevedo Cunha, Antonio Carlos Nóbrega, Domingos Alves Branco, Januário da Cunha Barbosa, dentre outros.
Quem não reconhece a participação decisiva de membros da Ordem maçônica no movimento revolucionário, de caráter nacionalista – A Revolução Pernambucana de 1817, - liderada por Domingos José Martins e outros?
Como negar que além da Independência do Brasil, a Abolição da Escravatura e a Proclamação da Republica, são exemplos irrefutáveis de grandes vitórias que marcam a presença da Maçonaria em três importantes períodos de nossa história: Colonial, Monárquico e Republicano?
Quão bom ver maçons de Itabuna liderando ações, estimulando pessoas a criarem instituições, a engajarem-se em movimentos visando o desenvolvimento da região?  
Avante irmãos! O mais sério problema do País repousa na educação e na cultura. Com o fanal da Maçonaria Universal, convictos de nossos princípios, lutemos quanto pudermos, para nobilitar o destino do gênero humano e conferir à Terra a platônica musicalidade perdida. Combatamos o bom combate, cuja vitória só pode conduzir à fraternização dos homens.    


Por Antônio da Silva Costa

M.•. M.•. Gr.•. 33 Oficina Integrada de Graus Superiores São José – Loja Maçônica 28 de Julho – Itabuna – Bahia. Secretário de Planejamento do Grande Oriente Estadual da Bahia (GOEB). Itabuna – Bahia.

TEMPO DE ESTUDOS

Equinócio de Outubro

Mais uma vez a Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia se reúne em Assembleia Geral Ordinária para celebrar o equinócio de outono em nosso hemisfério que corresponde ao equinócio da primavera no hemisfério norte.
A palavra equinócio vem do latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa “noites iguais”, ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo, ou seja, durante os equinócios o dia e a noite tem igualmente 12 horas de duração. 
Equinócio é um fenômeno astrológico definido como o instante em que o Sol em sua órbita aparente (como vista da terra), cruza o plano do equador celeste (a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste) em sua marcha do sul para o norte e do norte para o sul. Mais precisamente é o ponto em que a eclíptica cruza o equador celeste. Caracteriza-se pela distribuição igual da luz solar nos dois hemisférios, pois é quando os raios solares incidem perpendicularmente sobre eles e diretamente sobre o equador. Isto ocorre duas vezes por ano. Numa dessas vezes, a órbita aparente do sol corta a linha do equador do sul para o norte no dia 20 de março, o que aconteceu às 08hs02min (horário de Brasilia) de quarta-feira passada. Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro quando definem mudanças de estação. Em março, o equinócio marca o inicio da primavera no hemisfério norte como na Europa, Estados Unidos e do outono no hemisfério sul como no Brasil, Argentina, Austrália, Nova Zelândia.
Mas por que celebramos os equinócios e os solstícios e quais suas relações com a maçonaria?
O homem primitivo distinguia a diferença entre duas épocas: uma de frio e outra de calor que eram atribuídas a ação do sol. Graças a isso surgiram os cultos solares, sendo o Sol proclamado fonte da vida, com influencia marcante sobre todas as religiões e crenças da época, pois o Sol na sua trajetória aparente determina a mudança das estações climáticas, nos equinócios e nos solstícios, quando a natureza passa por formidáveis transformações. Por este fato as religiões de então consideravam os dias de equinócios e solstícios como dias mágicos em virtude das transformações da natureza nestes dias. 
E assim os antigos povos realizavam rituais a cada mudança de ciclo da natureza sempre com um grande significado esotérico e místico, pois acreditavam em bênçãos divinas que decorriam principalmente do Equinócio de Outono, quando depositavam as maiores esperanças na concretização dos mais puros desejos para o homem, as bênçãos do equilíbrio, da equidade e da justiça. 
Nossos precursores, os membros das organizações de ofício, também realizavam essas celebrações, as quais chegaram à maçonaria operativa, e desde a instituição da maçonaria especulativa, os maçons continuaram a celebrar as festas equinociais e as solsticiais, reconhecendo o simbolismo e misticismo delas. 
Diversas são as relações do equinócio de outono. Segundo a astrologia o ano realmente começa quando o sol, na sua trajetória anual, encontra-se no grau zero de Áries. É o equinócio de outono no Hemisfério Sul (Brasil), e de primavera no Hemisfério Norte, 21 de março.
Segundo o cristianismo todo o calendário cristão baseia-se no equinócio. A Páscoa, por exemplo, ocorrerá no 1º domingo de lua cheia após o equinócio de outono (Brasil), nunca devendo ser antes do dia 22 de março e nunca após o dia 25 de abril.
A tradição diz que o Ano Maçônico no hemisfério sul inicia-se no equinócio de outono que hoje celebramos, mais precisamente no dia 21 de março, quando o Sol ingressando no primeiro signo do Zodíaco, Áries, inicia um novo ciclo e que a Abóboda Estelada do teto da Loja, representa o céu durante o equinócio da primavera no hemisfério norte no dia 21 de março. 
Todos nós já ouvimos falar de Verdadeira Luz-VL- época em que começa a contar a era maçônica. Mas como definir a data da VL? Para tanto a maçonaria adotou o calendário do Rito Adonhiramita que se inicia no dia 21 de março, equinócio da primavera no hemisfério norte, juntando 4.000 anos aos da EV. Na elaboração das pranchas é costume constar a data da EV e ainda, se, se, desejar, a data da VL, que se obtem acrescentando 4.000 ao ano do calendário Gregoriano que desejamos. Por exemplo, hoje são 23 de março de 2013 da EV e 6013 da VL.
Muito ainda poder-se-ia dizer sobre este fenômeno astrológico que para nós maçons contem relevantes ensinamentos esotéricos. Aos irmãos que desejarem conhecer mais sobre as festas da maçonaria, existe vasta literatura escrita por respeitáveis maçonólogos. Esperamos, no entanto, que com estas poucas informações possamos perceber as inter-relações e influencia dos corpos celestes sobre a vida em geral e o comportamento dos homens em particular e, saibamos entender por que a GLEB, ou seja, a maçonaria celebra e comemora, anualmente, os equinócios e os solstícios.
E, por fim, que consigamos, todos nós, inspirados no significado e simbolismo do equinócio de outono, demonstrar por palavras e pelo exemplo, que a Maçonaria e os Maçons no mundo de hoje, estejam onde estiverem, sejam quais forem as condições ou situações, continuem sendo, como sempre foram, instrumentos de paz, de equilíbrio, de tolerância, de libertação e principalmente de transformação social.


Por Ubaldo Santos

M\Gr\Orador – Grande Loja Maçônica do estado da Bahia (GLEB)

REFLEXÃO MAÇÔNICA

M.•.M.•.


Em momento pretérito, nessa coluna, analisamos, ainda que de passagem, o Grau de Companheiro-Maçom e suas vicissitudes, e naquela oportunidade fora feita uma analogia entre os ciclos da vida: nascimento, vida e morte ou a divisão em fases: infantil, adulto e criança e a Maçonaria Simbólica, que significa um ciclo iniciático, dividido em três etapas ou graus: aprendiz, companheiro e mestre.
Retornamos ao tema, só que desta feita para discorremos sobre o grau de Mestre-Maçom. 
Se o grau 1 de Aprendiz-Maçom simboliza o nascimento, quando o profano-candidato que se encontra nas trevas recebe, enfim, a luz da Maçonaria; o Grau de Companheiro simboliza a vida, a fase madura, entre o nascimento e a morte. E por último, mas não mais ou menor importante, o Grau 3 de Mestre-Maçom, que simboliza a morte e todos os ensinamentos que ela envolve.
De acordo com Jorge Adoum, o Mestre já passou pelas três iniciações e sofreu suas respectivas provas, chegando a compreender, a saber, e a sentir.
O Grau de Mestre, portanto, trata-se do terceiro e último Grau do Simbolismo. Para muitos irmãos, principalmente para os adeptos dos três Graus, é o coroamento final do aprendizado maçônico. Nas Potências ou Obediências Simbólicas é o Grau em que é concedida ao Iniciado a plenitude dos direitos maçônicos e obviamente a contrapartida dos deveres maçônicos. O Grau 3 é muito esotérico e é dedicado inteiramente ao espirito.
No simbolismo maçônico, o Grau de Mestre representa o “Outono da vida”, estação em que o Sol termina seu curso e morre para renasce: é a época em que o homem recolhe os frutos de seu trabalho e de seus estudos. É o emblema que indica a compreensão das lições de Moral que a vida ensina e a experiência que se alcança.
O Mestre deve ser um todo harmonioso. É a meta que deve procurar todo Maçom. É o mérito do Iniciado de ter atingido este desenvolvimento que o constitui dentro da verdade como um ser intelectual.
O Terceiro Grau maçônico: O Grau de Mestre é o complemento necessário dos dois primeiros. Se não existisse, a cumeeira do edifício faltaria e a Maçonaria Especulativa não seria outra coisa senão uma irrisória caricatura da Maçonaria Operativa.
O mestrado conduz a novas sínteses. O aprendiz dedicou-se ao trabalho material do desbaste da “pedra bruta”. O Companheiro ao trabalho intelectual que implica na realização da “Pedra Cúbica”. Ao Mestre não pode ser atribuído senão o valor espiritual. A sua missão é derramar luz e reunir o que está esparso.
O Mestrado não é um dom. É uma conquista. É a vitória do homem sobre si mesmo. O Mestre deve se esforçar por enxotar o velho homem, isto é, por eliminar paciente, mas definitivamente, todos os erros, as antíteses, as contradições de costumes e usos de nossa civilização, a fim de edificar sobre um terreno novo o ser superior que o colocará em comunicação com as regiões de igual natureza.
O Mestre não deve esquecer que, em sua ascensão para a espiritualidade o pensamento é uma força soberana, guiada com bom-senso e lógico. Convém ter sempre no espirito a meta de atingir e concentrar os seus desejos, os seus, os seus pensamentos e os seus atos para um mesmo ponto de vista dirigido com amor para uma ordem de coisas, mais perfeita, para as múltiplas definições do Bem, do Belo e do Verdadeiro.
O Mestre Maçom deve celebrar o companheirismo que amálgama os Irmãos pelo esquadro e pelo compasso, animados não somente pelos feitos dos nossos antepassados, mas também, pela vontade de superar obstáculos de hoje e do porvir.
Ser Mestre significa ser Mestre de si mesmo, trabalhar com inteligência e força de vontade em si mesmo, no seu próprio aperfeiçoamento, tendo sempre em mente o fato de que nada mais somos do que simples aprendizes, mesmo que nos denominemos Mestres.
Ser Mestre é aceitar que não nos pertencemos, mas à coletividade e que por isso mesmo sua inteligência e sua vontade devem estar sempre a serviço dessa coletividade.
Ser Mestre é acender luzes pelo caminho por que passa luzes de amizade e sabedoria, de bondade e justiça, de harmonia e compreensão, de solidariedade e fraternidade.
Ser Mestre é não se considerar juiz dos defeitos e erros dos outros, mas saber compreender e perdoar.
Ser Mestre é saber aceitar um conselho, para ser ajudado.
Ser Mestre é retribuir com ternura aos que o odeiam.
Ser Mestre é ser perfeito nas mínimas realizações.
Quer seja no Grau de Aprendiz, de Companheiro ou de Mestre, o que se espera do Maçom, é que ele esteja apto e propício a aprender as vicissitudes de cada uma dessas etapas. Além disso, que tenha em mente que é um eterno aprendiz e que tem fortes deveres e obrigações com a Ordem e com a sociedade.

Referências: 1- http://maconariasociedadesecreta.blogspot.com.br
2- Maçonaria – 30 Lições de Mestre. Raimundo, D’Elia Júnior. Editora Madras.


Por Vercil Rodrigues

Editor-fundador do site e jornal O Compasso e Membro da A.•. R.•.  L.•. S.•. Areópago Itabunense. Itabuna – Bahia.

FRASE MAÇÔNICA

Ser Maçom, o que isso significa?

”Um Maçom autorrealizado não o é, senão porque, quando pronto para realizar o devido, a partir de si mesmo, muito antes de renascer entre os nascidos, primou por saber absolutamente tudo acerca de seu centro e da periferia na qual está envolvido; primou também por perceber que o que disser, para ser compreendido, deverá ser desprendido um esforço, a ponto do desmedido, por parte de quem o ouve; e que este, em tal processo, pode tomar postura de um encaminhado ou de um descaminhado, e tudo que equivalha.”

Por Jair Tércio Cunha Costa

Sereníssimo Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia (GLEB).