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quinta-feira, 8 de maio de 2014

RITOS PRATICADOS PELA MAÇONARIA BRASILEIRA: - Grande oriente do Brasil (gob).

*Ir.: Antonio da Silva Costa



(1ª Parte)

INTRODUÇÃO

Rito é a ordem prescrita das cerimônias que se pratica em uma religião ou instituição. Ritual é o livro que contém aquilo que é relativo ao Rito. A ordem maçônica é partilhada em diferentes Ritos reconhecidos e aprovados que, apesar de diversos, são todos oriundos da mesma fonte e tendem para o mesmo objetivo. 
Sendo a pluralidade de Ritos uma característica da Maçonaria Universal assim como no Brasil no Grande Oriente do Brasil (GOB), fácil fica entender, que o maçom gobiano além de dominar conhecimento sobre a origem de seu Rito praticado, deve, quando nada, ter alguma noção em relação a de outros existentes, principalmente aqueles praticados em seu País.
Seja de que Rito reconhecido for um maçom é irmão de todos os maçons do globo e cada Rito tem sua autoridade reguladora e sua hierarquia. São distintos, independentes, os atos de administração que emanam de seus chefes só são obrigatórios para os maçons de sua obediência.
  Começamos pelo Rito Brasileiro, afirmando que este é um Rito universal como todos os Ritos, mais foi criado ao calor da alma de nossa gente.

O FUNDAMENTO IDEOLÓGICO

Sem sombra de dúvidas, pode-se afirmar que o fundamento ideológico para a criação do Rito Brasileiro nasceu em 1874 quando o português Cavaleiro Rosa Cruz, Miguel Antonio Dias Cruz lançou a Obra em três volumes e seis tomos: “Biblioteca Maçônica ou Instrução Completa do Franco Maçom” que além de apresentar como proposta a criação de um Rito Novo e independente, solicitava aos Orientes Lusitanos e Brasileiros que viabilizassem o projeto. Sua intenção não era criar uma Maçonaria Nacional, e sim um Rito Nacional que tivesse por base os 3 (três) graus simbólicos de conteúdo universal comuns a todos os Ritos e os Altos Graus diferentes e nacionais, ou seja, obedecendo as tradições históricas, geográficas e formação cultural e social de cada Pais.

INÍCIO DA HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DO RITO

Noventa e dois anos após a fundação do Grande Oriente do Brasil (17/06/1822), por iniciativa do paraense Lauro Sodré, então Grão Mestre do GOB, tendo como Adjunto Joaquim Xavier Guimarães Natal, após diversas reuniões na casa do general José Joaquim Barros no Quartel da Antiga Artilharia da Costa; além dos acima citados, presentes Jauro Muller, Nilo Peçanha, José Marinho Carneiro da Cunha, Amaro Albuquerque, A. O. de Oliveira Lima Rodrigues, Coelho Lisboa, Eugênio Lopes Pinto, Evaristo de Morais, Firmino Braga, Floresta de Miranda, Horta Barbosa,  Leôncio Correia, Mário Marinho Behring, Monteiro de Souza, Otacílio Câmara, Otavio Kelly, Ticiano Corrégio Daemon, Tomaz Cavalcanti, Veríssimo José da Costa e Virgílio Antonino, em 23/12/1914, foi criado o Rito Brasileiro de Maçons, Antigos, Livres e Aceitos como Potência Regular, Legal e Legítima, através Decreto de nº 500. Este foi o marco decisivo; é tido como certidão de nascimento do Rito. Portanto, há praticamente 100 anos, ocorreu o nascimento histórico do Rito pelo Grande Oriente do Brasil. Neste momento o Rito foi conhecido e incorporado junto aos demais Ritos adotados e praticados em nosso País.
Claramente percebe-se que o Rito foi criado em um momento histórico que despertava a consciência nacional face aos  acontecimentos internacionais provocados pala eclosão da Primeira Guerra Mundial que se iniciava no mesmo ano.
Antes da primeira metade de seu mandato, Lauro Sodré para assumir o Posto de Governador do Estado do Pará, renunciou ao cargo de Grão-Mestre. Seus sucessores permitiram que o Rito permanecesse em letargia até 1940, coincidentemente, início de mais uma hecatombe provocada pela eclosão da Segunda Guerra Mundial.
Com o afastamento de Lauro Sodré (1916) assume o Cargo de Grão-Mestre em exercício, o Contra-Almirante Ir.: Veríssimo José da Costa. Em 16 de outubro do mesmo ano, a Soberana Assembléia Geral da Ordem reúne-se e Consagra o Rito Brasileiro por estar em harmonia com os princípios maçônicos, e no dia seguinte17/10/1916, Veríssimo homologa a decisão da Assembléia expedindo o Decreto 536, reconhecendo e autorizando o funcionamento do Rito e, em 13 de junho de 1917, através Decreto nº 554, incorpora a Constituição do Rito Brasileiro ao Patrimônio do GOB.
Em 21 de julho de 1917 toma posse o Grão-Mestre eleito Nilo Peçanha. Com sua renuncia em 24 de setembro de 1919 para concorrer à presidência da República, assume o Adjunto Thomaz Cavalcante de Albuquerque como interino até 17/06/1920, quando foi eleito Grão-Mestre. 

LITERATURA CONSULTADA

SOBERANO SUPREMO CONCLAVE DO BRASIL PARA O RITO BRASILEIRO DE MAÇONS ANTIGOS, LIVRES E ACEITOS. Constituição do Rito. 2009. 63 p.
NEME, Mário. RITO BRASILEIRO DE MAÇONS ANTIGOS, Livres e Aceitos. 1ª Ed.Editora Maçônica ‘A Trolha” Ltda. Londrina. 1992 271 p. 
SIMÕES, Carlos. O Rito Brasileiro: Uma Visão da Maçonaria Social ou 4º Período Histórico da Maçonaria. 1ª Ed. A Gazeta Maçônica, s. Paulo.1999, 327 p.

(Final da 1ª parte)

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