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Dicas de Direito Previdenciário

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VR - Advocacia & Consultoria Jurídica

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domingo, 9 de setembro de 2012

PALAVRA DO GRÃO MESTRE: GOBA


Meus Caros Leitores de "O COMPASSO",

A primeira edição desse periódico foi muito bem recebida pelos Irmãos que compõem as Lojas do GOBA - Grande Oriente da Bahia. Por isso, parabenizo, mais uma vez, o Irmão Vercil Rodrigues (e equipe) pela iniciativa.
Nesta segunda edição, falaremos sobre "O DIA DO MAÇOM". Não apenas das justas comemorações pelo nosso dia. Mas, sobretudo, em tom de chamamento ao trabalho em prol de um melhor futuro para a nossa nação.
Detalhes históricos à parte, até porque essa parte da história da nossa Ordem (e por conseguinte, do nosso País) já foi muito comentada. Diversos Irmãos, com muito mais competência que eu, já contaram (e alguns até já corrigiram um equívoco de data) o que ocorreu no dia 20 de agosto de 1822 e, como consequência, como se deu a decisão do Brasil romper em definitivo os laços com Portugal.
O fato é que, devido àquela histórica Sessão do Grande Oriente Brasílico (hoje GOB), o dia 20 de agosto passou a ser considerado Dia do Maçom.
É certo que hoje, passados muitos anos desde 1822, a Maçonaria Brasileira tem muito que comemorar. Afinal, nossa Sublime Instituição possui uma relativa capilaridade de Lojas em todo o território brasileiro, dentro das TRÊS OBEDIÊNCIAS REGULARES (GOB - CMSB - COMAB), onde se realizaram e se realizam muitas ações que beneficiam, sobretudo, as pessoas mais desassistidas pelo poder público.
Por essa razão, o GRANDE ORIENTE DA BAHIA deseja parabenizar a cada um dos nossos Irmãos por fazer parte dessa grande família!
Mas, acredito, essa data de 20 de agosto também deve suscitar, entre nós, momentos de reflexão.
É certo que nossa Ordem muito fez nos momentos históricos que já conhecemos. Também é certo que muitas Lojas continuam trabalhando nesse mister. Mas, também, sabemos que o nosso País ainda continua prescindindo da nossa contribuição. 
Nossa "Democracia" ainda não é plena, se considerarmos que os direitos não estão ao alcance de todos. Ou, pelo menos, os excluídos sociais não conseguem acessar coisas básicas que deveriam estar ao seu alcance. Principalmente por desconhecerem esses direitos.
A baixa qualidade do ensino, em nosso País, é um fator preponderante na construção da enorme massa de excluídos. Os decepcionantes resultados do IDEB, recentemente divulgados pelo governo, atestam isso.
A corrupção é outro grande mal que atormenta nossa sociedade, ao impedir que investimentos essenciais sejam aplicados em infraestrutura, saúde, educação e segurança pública. Ao invés dos recursos chegarem ao correto destino, são desviados, descaradamente, por algumas Autoridades.
E, ainda pior, existe uma sensação de impunidade. A punição existe, é certo. Mas, demora tanto que a sociedade não percebe quando ela chega.
Some-se a tudo isso uma série de inversões de valores que foram sendo institucionalizados em nossa sociedade. 
Foi-se o tempo em que ÉTICA era algo que definia um homem de caráter inabalável. Hoje existe o "direito constitucional" de permanecer calado, mesmo diante de todas as provas e evidências condenatórias, para que não contribua com a produção de provas contra si próprios. Isso até pode ser legal. Mas é IMORAL.
Criaram COTAS para isso e para aquilo. As minorias agora têm mais direitos do que as maiorias. O RACISMO virou instituição. A homofobia também.
Enquanto um TRABALHADOR brasileiro é remunerado com um salário mínimo de R$ 622,00, do qual precisa tirar o sustento da sua família (e ainda pagar impostos), um BANDIDO recebe um auxílio reclusão de R$ 915,05. Lembrar que, na cadeia, ele já recebe alimentação, muitas vezes de melhor qualidade do que aquela que o trabalhador consegue comprar, atendimento médico e dentário, entre outros benefícios, sem nenhum desconto do auxílio reclusão.
Como diria o poeta: "Pare o mundo que eu quero descer"!
Entretanto, nem tudo está perdido. Muitos movimentos sociais e de classes já estão clamando por mudanças. E algumas mudanças, ainda tímidas, já estão acontecendo.
Nós, Maçons, podemos contribuir com essa nova ordem. Podemos influenciar àqueles que nos cercam. Afinal, somos formadores de opinião. Por isso, e para isso, recebemos a "iluminação".
A sociedade dispõe de uma ferramenta espetacular, para mudar esse estado de coisas. Mas, devido à pouca capacidade crítica, não consegue usá-la adequadamente. Estou falando do voto. Então, vamos ajudar ao nosso povo a melhor escolher os novos governantes.
O Grande Oriente da Bahia desenvolveu uma campanha de esclarecimento ao eleitor brasileiro, intitulada de "VOTAR CERTO, É NÃO VOTAR EM FICHA SUJA". Essa campanha terminou sendo adotada por todos os Grandes Orientes que compõem a CONFEDERAÇÃO MAÇÔNICA DO BRASIL - COMAB.
A Campanha consiste na distribuição de material publicitário (folders, outdoors, publicações em jornais/revistas, camisetas, etc.) orientando o eleitor a, antes de escolher um candidato, fazer comparativos com algumas referências sugeridas pela Campanha. Nesta edição de "O Compasso", pode ser visto a publicação de uma dessas peças. Também no PORTAL DO GOBA (www.goba.org.br), podem ser encontradas mais informações a respeito.
Num segundo momento, as redes sociais começam a ser inundados por nossos chamamentos com o mesmo objetivo do material publicitário, onde cada internauta, maçom ou não maçom, possa se tornar um elemento irradiador dessa ideia.
Assim, conclamamos a todos os Irmãos, das TRÊS OBEDIÊNCIAS, a nos unirmos nesse desiderato de orientar os eleitores que estão ao nosso redor,  para que o futuro do nosso país possa ser diferente.
Esperando, modestamente, ter contribuído, despeço-me,

Fraternalmente,

Gilberto Lima da Silva
Soberano Grão Mestre – GOBA Grande Oriente da Bahia - integrante da COMAB (Confederação Maçônica do Brasil)

Um comentário:

  1. As formalidades apontadas pelo grão-mestre são convenções sucessoras da verdadeira e sã Maçonaria. Antes, a Maçonria existiu respeitando o princípio fundametal de ser o maçom "livre e de bons costumes". Esta convenção e outras comprometem os valores de ser livre, inclui a Maçonaria Universal na categoria de seitas que impõem limites a liberdade instruída em seus próprios princípios.
    O verdadeiro Maçom deve estar sempre pronto a repelir toda e qualquer associação, seita ou forma de governo que prive o homem de sua liberdade, de seu direito de cidadão e, principalmente, de sua liberdade de consciência.

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