As luvas
Estava
sentado na Coluna do Norte, observando a beleza jamais imaginada por minha
mente, como também o primor da movimentação no Templo. Tudo bem feito, bem
aproveitado em todas as peças do simbolismo maçônico.
Depois de receber o seu avental, criei uma alegria interna, sentindo medo
de extrapolar de emoção, a grande felicidade, já havia provado o doce e o
amargo. Essa situação foi o grande motivo da reflexão inicial.
As situações diferentes sucediam-se e eu tentava guardar tudo na mente.
Como foi difícil gravar aquela situação. Tive medo de perder algum momento e,
deste modo, ficar para trás. Os degraus da primeira escada, da segunda.
Observei cada detalhe e ia me indagando qual a causa de tudo aquilo.
Já havia saído de um lugar onde, sozinho, tive de contemplar o passado, o
presente e me preparar para o futuro, deixando um testamento sério, bem
importante.
As espadas, no inicio exerciam minha proteção, a garantia de que, a
partir daquele momento, uma nova família iria me proteger com todo vigor.
Eu precisava retribuir tanta coisa boa. Estava maravilhado! De repente,
aconteceu uma espécie de recreação.
Vamos chamar os convidados para que possam participar da solenidade –
dizia o V.·. M.·..
E a emoção
continuava. Como é possível esquecer tanta beleza, no ato da entrada na
Maçonaria?
Procurei meus
familiares, para poder exibir o meu avental. Meu primeiro troféu.
Como estava feliz.
Alías, eu continuo feliz na instituição.
Depois da
distribuição de flores para as cunhadas, de homenagens diversas, o V.·. M.·. pede a atenção dos presentes
para a cerimônia das luvas.
- Entrada do par de
luvas não representa apenas mais um presente. Hoje, ao receber o par de luvas,
quem recebe deve entender o sinal da pureza.
As luvas servirão
para proteger quem as recebe, tendo o cuidado de manter as mãos limpas na
conduta diária. O V.·.
M.·.. falou, com rara
beleza, sobre as luvas.
- As luvas serão
entregues à pessoa mais importante da vida do maçom. Pode ser a esposa, a
filha, a irmã ou a genitora.
Chamou um dos iniciados
e pediu que ele entregasse e pediu que ele entregasse as luvas à pessoa a quem
ele realmente amasse.
Uma pessoa, ao
receber as luvas, precisou ser amparada, posto que chorava em excesso, Após a
cerimônia, descobriu-se que o par de luvas provocou o reatamento da união do
casal. Estavam se separando e voltaram na entrega das luvas, após a prova de
carinho.
Por Ir.·.
Jorge Vicente.
M.·. M.·. e autor do livro
Reflexões Maçônicas.
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