O engano
Após a sessão de iniciação dos irmãos Alexandre e Rogerio, o
ágape estava tão festivo que durou até bem tarde da noite. Por isso, Xandi,
assim apelidado por sua mãe, quando chegou em casa o relógio marcava duas horas
da madrugada.
Numa espécie de código, quando Xandi queria dormir até mais tarde, deixava um bilhete para a sua querida Mãe.
Numa espécie de código, quando Xandi queria dormir até mais tarde, deixava um bilhete para a sua querida Mãe.
E foi o que fez antes de ir se deitar.
Colocou-o no criado-mudo, junto com o embrulho que deviria
conter um par de luvas, que o Venerável Mestre lhe entregara, com a
recomendação de que deveria oferecer àquela que mais estima.
Aconteceu, entretanto, que o irmão Arquiteto, encarregado de
adquirir todos os itens para a sessão, foi às pressas para o bazar de
armarinhos, e a moça encarregada do pacote confundiu-se, e entregou um embrulho
contendo uma calcinha, ao invés de um par de luvas.
O pacote estava tão
bonitinho que ninguém ousou abri-lo.
E assim estava escrito o bilhete do Xandi:
E assim estava escrito o bilhete do Xandi:
“Querida
mãe: Passei por um cerimonial maravilhoso”. Todos os irmãos são muito legais.
Até pediram que lhe entregasse este presente. Eles sabem que
você, assim como a maioria das mulheres, não tem mais o costume de usar, mas é
um hábito antigo de assim presentear. Se não for do seu tamanho, não liga não.
Será ainda melhor: os dedos ficarão mais à vontade”. Beijos do seu Xandi.
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