Jair Tércio Cunha
Costa Sereníssimo Grão-Mestre
da Grande Loja
Maçônica do Estado da Bahia (GLEB)
O engenheiro e educador Jair
Tércio Cunha Costa começou sua vida maçônica no ano de 2001, sendo iniciado na Loja Maçônica
Templo de Ísis – nº 42, Oriente Salvador-BA, filiada à Grande Loja Maçônica do
Estado da Bahia – GLEB; nesta loja assumiu o cargo de Arquiteto; exerceu o
cargo de Grande Secretário de Relações Interiores da GLEB; foi Presidente da
Loja de Perfeição Irineu Nascimento da Oitava Inspetoria do Estado da Bahia;
fundou a Loja Maçônica Cavaleiros da Luz, onde assumiu o cargo de Venerável
Mestre; fundou o Capítulo Luz do Ocidente, primeiro capítulo da Ordem da
Estrela do Oriente implantado na Bahia; fundou a Loja Schebna, no bairro de São
Caetano; fundou a Loja de Manoel Lopes, no bairro de Paripe; atualmente também
é digno Diretor do Capítulo Luz do Ocidente; Membro Honorário do Supremo
Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito para a República Federativa
do Brasil; Obreiro Demolay da Loja Liberdade – Nº 01 – Oriente Salvador - BA;
Membro da Academia Maçônica de Letras da Bahia; Membro da Academia Maçônica
Internacional de Letras – AMIL, com diploma de Comenda Cultural Maçônica, e
antes de torna-se Grão-Mestre, exerceu o cargo de Grande 2º Vigilante da GLEB.
O
COMPASSO – O Rito Escocês Antigo e Aceito contém 33
Graus, sendo os 3 primeiros administrados pelas Grandes Lojas e os demais pelo
Supremo Conselho. Sendo seu conteúdo simbólico, moral, filosófico e exotérico
ministrado Grau a Grau. Temos em nossas
Lojas Simbólicas diversos Irmãos detentores de Graus além do 3º, porém, por
determinação de seus Veneráveis, não podem apor seu efetivo Grau após suas
assinaturas nos livros de presença. É
possível que tal procedimento seja revertido?
Jair
Tércio Cunha Costa - Para
um Maçom ter acesso aos Graus Filosóficos é necessário ter atingido ao de
Mestre, o Grau 3 do Simbolismo. Nos Livros de Presença das Lojas Simbólicas, em
cada Sessão Maçônica realizada, há que se registrar, além da assinatura e a
Loja a que pertence, o Grau do Simbolismo: 1, 2 ou 3.
Não há, portanto, exigência no
sentido de que se registre os Graus alcançados nos Filosóficos.
O importante para controle nas
Sessões Maçônicas Simbólicas, é registrar se o Obreiro é Aprendiz, Companheiro
ou Mestre. A questão de não ser permitida a anotação do Grau do Irmão, além do
3º, no Simbolismo, é porque não tem efetividade prática.
A questão, ao lado de não ser
polemizada não apresenta entrave para discussões no âmbito da CMSB –
Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil – para ser reestudado.
O
COMPASSO - Para alegria do povo maçônico vinculado à nossa Grande Loja,
recentemente Vossa Serenidade, em solenidade que contou com a participação de
quase todos os Grãos Mestres do Brasil, lançou a PEDRA FUNDAMENTAL do novo
TEMPLO e nova sede da GLEB. Há previsão para sua inauguração?
Jair
Tércio Cunha Costa - O
Eldorado Maçônico é um grande sonho da GLEB, além de representar uma decisão
soberana da sua Assembleia Geral.
Temos um plano em andamento,
para a obtenção dos recursos financeiros para a construção do Centro
Administrativo – 1ª parte do empreendimento – através da contribuição dos
nossos Irmãos, como Construtores do Templo – Ouro, Prata e Bronze.
A realização dos eventos
importantes para o País, como a Copa do Mundo de Futebol, no meses de junho e
de julho, além das eleições proporcionais e majoritárias que se estenderam até
o dia 26 do mês de outubro, refletiram de modo direto no andamento do nosso
cronograma de obras.
Pelo planejamento proposto pela
Comissão da GLEB para a gerência desse grande empreendimento, temos a previsão
de concluir o Centro Administrativo do Eldorado Maçônico, até outubro de 2015.
As duas outras obras
subsequentes, o Centro de Convenções e o Centro Esotérico, serão objeto de
programações específicas para a obtenção dos recursos financeiros para as suas
construções.
O
COMPASSO - Estamos vinculados ao Grande Oriente do Brasil por fraternos laços
com suas Lojas Simbólicas. Há possibilidade de a frequência nossa às suas
Oficinas contarem, também, como frequência para o fim de recuperação de falta
às nossas Lojas?
Jair
Tércio Cunha Costa - Realmente,
como Maçons, temos fortes vínculos fraternais, não apenas com os Irmãos do
Grande Oriente do Brasil, com os da COMAB e com quaisquer outras Grandes
Potências Maçônicas existentes no Brasil e no exterior. As Grande Lojas, que
compõem a Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB), foram oriundas
da cisão havida no Grande Oriente do Brasil (GOB), em 1927. As Grandes Lojas
são Potências Maçônicas Simbólicas independentes e podem, por seu turno, cada
uma delas, negociarem “Tratados de Amizade” com as do Grande Oriente do Brasil
ou com as do Grande Oriente Independente.
Nós da GLEB temos tal Tratado com
o Grande Oriente Estadual da Bahia, mas sem alteração das regras internas de
cada Organização. No caso particular da frequência do Obreiro de uma Potência,
obtida na visita às Lojas da outra Potência, e que lhe garanta a contagem de
adimplência na sua Loja mater ou à qual esteja afiliado, não é objeto das
nossas tratativas.
Quem sabe, no futuro, possamos
reestudar esta questão, a fim de podermos negociar com a GOB.
O
COMPASSO - Nosso ESTATUTO, em seu artigo 49, § 2º, d, diz, textualmente, que
“são irregulares os Maçons que pertencerem a Organização Maçônica não
reconhecida pela Grande Loja”. Sabemos que a Grande Loja da Inglaterra não
reconhece nossa GLEB. Consequentemente, ela é uma Organização Maçônica não
reconhecida pela GLEB. Há alguma previsão para que ocorra esse recíproco
reconhecimento?
Jair
Tércio Cunha Costa - Com
relação ao reconhecimento da GLEB como Potência Regular, pela Grande Loja da
Inglaterra, houve um trabalho constante dos Grão – Mestres que nos antecederam,
prosseguindo com a nossa gestão, utilizando não apenas a intermediação de
outras Grandes Lojas do Brasil, mas, também, do exterior.
Para tratarmos diretamente desta
questão, visitamos Grandes Potências Maçônicas de Países como Portugal, França,
Estados Unidos, Turquia, dentre outros, adiantando as negociações e conseguindo
avanços na direção dos nossos objetivos. A Grande Loja da Inglaterra é uma
referência mundial importante para o nosso reconhecimento como Grande Potência
regular e cremos que, dentro de mais algum tempo, venhamos a obter o resultado
almejado.
5– O COMPASSO - Quais outros Países da Europa os Maçons de nossa GLEB não
podem frequentar suas Lojas Simbólicas?
Jair Tércio –
Alemanha, Chipre, Finlândia, Espanha, Grécia, Holanda, Itália (Grande Oriente),
Noruega, Portugal, Romênia, Sérvia e Suíça, são os países com reconhecimento
mútuo, portanto podem ser visitadas sem problemas.
Autria, Bélgica,
Dinamarca, Escócia, França, Hungria, Inglaterra, Irlanda, Islândia, Luxemburgo,
Moldávia, Rússia, San Marino, Suécia e Ucrãnia, são as Grandes Lojas que a GLEB
ainda não tem reconhecimentos.
Existem 13 países
europeus com GL “novas” e regulares que não estão nesta lista porque não estão
no List of Lodges, e a GLEB ainda não
tem reconhecimentos com estas Potências.
Estamos trabalhando
para buscar e afirmar o reconhecimento de todas as Grandes Lojas regulares do
mundo e estender o nosso reconhecimento para todas, sempre estreitando os laços
que nos unem como verdadeiros Irmãos.
6
– O COMPASSO - Quantos Maçons ativos atualmente compõem nossa GLEB?
Jair
Tércio Cunha Costa - O
quadro de ativos atuais da Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia – GLEB é de
5690 (cinco mil seiscentos e noventa) obreiros, sujeito a alteração para mais,
em virtude do ingresso de novos candidatos iniciados nos quadros da nossa
Grande Potência.
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