Ditadura - Recesso
Forçado nas Oficinas
Minha ARLS Areópago Itabunense, número 09 da hoje GLEB, como as demais no País foi proibida de funcionar, de Nov/1937 a Jan/1940, em virtude de Decreto do Presidente Getúlio Vargas, durante o regime ditatorial (Estado Novo), porque o Conselho de Segurança Nacional propôs o fechamento das Lojas Maçônicas por serem contrárias ao status político vigente.
Era Delegado de Polícia nosso irmão Edgar Luiz de Barros, e nosso prédio ficava (fica) numa esquina, tendo lá no fundo entrada para a escola que sempre mantivemos no térreo (pelo interior da escola havia/há escada de acesso a pavimento superior, onde localizado o Templo).
Nos dias de reunião, o Delegado, como que dando satisfação à sociedade, ou seja, mostrando que estava cumprindo o ato ditatorial, colocava, à noite, na frente do prédio, para que por ali, à exceção dele, ninguém passasse, soldados armados com fuzis.
E o povo - principalmente católicos que, sabe-se lá o porquê, na época não simpatizavam conosco e vibravam as ver os soldados ali impedindo nossos irmão de se reunirem – constatava que a ordem do Ditador estava sendo fielmente cumprida, etc. e coisa e tal.
[Por falar em religião, o repúdio era tão sério que um dos fundadores, casado com católica fervorosa, e muito, muito, muito rica, ao dizer a ela que foi eleito para ser o primeiro Venerável Mestre, ouviu: “Ou a Maçonaria ou eu!”. Nosso irmão não tomou posse – e, por precaução..., ainda saiu da Loja!]
Não sabiam os passantes que o Delegado colocava os soldados ali para que ninguém percebesse que lá pelo fundo, rua praticamente sem iluminação, pela porta de acesso à escola, adentravam homens de preto.
Verdadeiramente, os soldados garantiam para que sua senhoria não fosse incomodado, posto como estava lá justo para impedir reuniões... – e sessões eram realizadas numa boa, delas participando “sêu” Delega, Membro da Loja, todos sem receio de prisão e/ou processo iniciado pela Polícia por desobediência ao Decreto...
Esses maçons...!
[Acerca do recesso forçado, também dá-nos notícia dele o Tablóide/Informativo/Boletim “O Areópago”, edição de fevereiro de 2002 (página 03), comemorativa dos 80 anos de fundação da “Areópago”]
Era Delegado de Polícia nosso irmão Edgar Luiz de Barros, e nosso prédio ficava (fica) numa esquina, tendo lá no fundo entrada para a escola que sempre mantivemos no térreo (pelo interior da escola havia/há escada de acesso a pavimento superior, onde localizado o Templo).
Nos dias de reunião, o Delegado, como que dando satisfação à sociedade, ou seja, mostrando que estava cumprindo o ato ditatorial, colocava, à noite, na frente do prédio, para que por ali, à exceção dele, ninguém passasse, soldados armados com fuzis.
E o povo - principalmente católicos que, sabe-se lá o porquê, na época não simpatizavam conosco e vibravam as ver os soldados ali impedindo nossos irmão de se reunirem – constatava que a ordem do Ditador estava sendo fielmente cumprida, etc. e coisa e tal.
[Por falar em religião, o repúdio era tão sério que um dos fundadores, casado com católica fervorosa, e muito, muito, muito rica, ao dizer a ela que foi eleito para ser o primeiro Venerável Mestre, ouviu: “Ou a Maçonaria ou eu!”. Nosso irmão não tomou posse – e, por precaução..., ainda saiu da Loja!]
Não sabiam os passantes que o Delegado colocava os soldados ali para que ninguém percebesse que lá pelo fundo, rua praticamente sem iluminação, pela porta de acesso à escola, adentravam homens de preto.
Verdadeiramente, os soldados garantiam para que sua senhoria não fosse incomodado, posto como estava lá justo para impedir reuniões... – e sessões eram realizadas numa boa, delas participando “sêu” Delega, Membro da Loja, todos sem receio de prisão e/ou processo iniciado pela Polícia por desobediência ao Decreto...
Esses maçons...!
[Acerca do recesso forçado, também dá-nos notícia dele o Tablóide/Informativo/Boletim “O Areópago”, edição de fevereiro de 2002 (página 03), comemorativa dos 80 anos de fundação da “Areópago”]
Por Jorge Wehbe Neme
M.•. M.•. da A.•.R.•.L.•.S.•. Areópago Itabunense
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