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Dicas de Direito Previdenciário

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VR - Advocacia & Consultoria Jurídica

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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

ENTREVISTA

Jair Tércio Cunha Costa Sereníssimo Grão-Mestre

da Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia (GLEB)




O engenheiro e educador Jair Tércio Cunha Costa começou sua vida maçônica no ano de 2001, sendo iniciado na Loja Maçônica Templo de Ísis – nº 42, Oriente Salvador-BA, filiada à Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia – GLEB; nesta loja assumiu o cargo de Arquiteto; exerceu o cargo de Grande Secretário de Relações Interiores da GLEB; foi Presidente da Loja de Perfeição Irineu Nascimento da Oitava Inspetoria do Estado da Bahia; fundou a Loja Maçônica Cavaleiros da Luz, onde assumiu o cargo de Venerável Mestre; fundou o Capítulo Luz do Ocidente, primeiro capítulo da Ordem da Estrela do Oriente implantado na Bahia; fundou a Loja Schebna, no bairro de São Caetano; fundou a Loja de Manoel Lopes, no bairro de Paripe; atualmente também é digno Diretor do Capítulo Luz do Ocidente; Membro Honorário do Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito para a República Federativa do Brasil; Obreiro Demolay da Loja Liberdade – Nº 01 – Oriente Salvador - BA; Membro da Academia Maçônica de Letras da Bahia; Membro da Academia Maçônica Internacional de Letras – AMIL, com diploma de Comenda Cultural Maçônica, e antes de torna-se Grão-Mestre, exerceu o cargo de Grande 2º Vigilante da GLEB.


O COMPASSO – O Rito Escocês Antigo e Aceito contém 33 Graus, sendo os 3 primeiros administrados pelas Grandes Lojas e os demais pelo Supremo Conselho. Sendo seu conteúdo simbólico, moral, filosófico e exotérico ministrado Grau a Grau.  Temos em nossas Lojas Simbólicas diversos Irmãos detentores de Graus além do 3º, porém, por determinação de seus Veneráveis, não podem apor seu efetivo Grau após suas assinaturas nos livros de presença.  É possível que tal procedimento seja revertido?

Jair Tércio Cunha Costa - Para um Maçom ter acesso aos Graus Filosóficos é necessário ter atingido ao de Mestre, o Grau 3 do Simbolismo. Nos Livros de Presença das Lojas Simbólicas, em cada Sessão Maçônica realizada, há que se registrar, além da assinatura e a Loja a que pertence, o Grau do Simbolismo: 1, 2 ou 3.
Não há, portanto, exigência no sentido de que se registre os Graus alcançados nos Filosóficos.
O importante para controle nas Sessões Maçônicas Simbólicas, é registrar se o Obreiro é Aprendiz, Companheiro ou Mestre. A questão de não ser permitida a anotação do Grau do Irmão, além do 3º, no Simbolismo, é porque não tem efetividade prática.
A questão, ao lado de não ser polemizada não apresenta entrave para discussões no âmbito da CMSB – Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil – para ser reestudado.


O COMPASSO - Para alegria do povo maçônico vinculado à nossa Grande Loja, recentemente Vossa Serenidade, em solenidade que contou com a participação de quase todos os Grãos Mestres do Brasil, lançou a PEDRA FUNDAMENTAL do novo TEMPLO e nova sede da GLEB. Há previsão para sua inauguração?

Jair Tércio Cunha Costa - O Eldorado Maçônico é um grande sonho da GLEB, além de representar uma decisão soberana da sua Assembleia Geral.
Temos um plano em andamento, para a obtenção dos recursos financeiros para a construção do Centro Administrativo – 1ª parte do empreendimento – através da contribuição dos nossos Irmãos, como Construtores do Templo – Ouro, Prata e Bronze.
A realização dos eventos importantes para o País, como a Copa do Mundo de Futebol, no meses de junho e de julho, além das eleições proporcionais e majoritárias que se estenderam até o dia 26 do mês de outubro, refletiram de modo direto no andamento do nosso cronograma de obras.
Pelo planejamento proposto pela Comissão da GLEB para a gerência desse grande empreendimento, temos a previsão de concluir o Centro Administrativo do Eldorado Maçônico, até outubro de 2015.
As duas outras obras subsequentes, o Centro de Convenções e o Centro Esotérico, serão objeto de programações específicas para a obtenção dos recursos financeiros para as suas construções.


O COMPASSO - Estamos vinculados ao Grande Oriente do Brasil por fraternos laços com suas Lojas Simbólicas. Há possibilidade de a frequência nossa às suas Oficinas contarem, também, como frequência para o fim de recuperação de falta às nossas Lojas?

Jair Tércio Cunha Costa - Realmente, como Maçons, temos fortes vínculos fraternais, não apenas com os Irmãos do Grande Oriente do Brasil, com os da COMAB e com quaisquer outras Grandes Potências Maçônicas existentes no Brasil e no exterior. As Grande Lojas, que compõem a Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB), foram oriundas da cisão havida no Grande Oriente do Brasil (GOB), em 1927. As Grandes Lojas são Potências Maçônicas Simbólicas independentes e podem, por seu turno, cada uma delas, negociarem “Tratados de Amizade” com as do Grande Oriente do Brasil ou com as do Grande Oriente Independente.
Nós da GLEB temos tal Tratado com o Grande Oriente Estadual da Bahia, mas sem alteração das regras internas de cada Organização. No caso particular da frequência do Obreiro de uma Potência, obtida na visita às Lojas da outra Potência, e que lhe garanta a contagem de adimplência na sua Loja mater ou à qual esteja afiliado, não é objeto das nossas tratativas.
Quem sabe, no futuro, possamos reestudar esta questão, a fim de podermos negociar com a GOB.


O COMPASSO - Nosso ESTATUTO, em seu artigo 49, § 2º, d, diz, textualmente, que “são irregulares os Maçons que pertencerem a Organização Maçônica não reconhecida pela Grande Loja”. Sabemos que a Grande Loja da Inglaterra não reconhece nossa GLEB. Consequentemente, ela é uma Organização Maçônica não reconhecida pela GLEB. Há alguma previsão para que ocorra esse recíproco reconhecimento? 

Jair Tércio Cunha Costa - Com relação ao reconhecimento da GLEB como Potência Regular, pela Grande Loja da Inglaterra, houve um trabalho constante dos Grão – Mestres que nos antecederam, prosseguindo com a nossa gestão, utilizando não apenas a intermediação de outras Grandes Lojas do Brasil, mas, também, do exterior.
Para tratarmos diretamente desta questão, visitamos Grandes Potências Maçônicas de Países como Portugal, França, Estados Unidos, Turquia, dentre outros, adiantando as negociações e conseguindo avanços na direção dos nossos objetivos. A Grande Loja da Inglaterra é uma referência mundial importante para o nosso reconhecimento como Grande Potência regular e cremos que, dentro de mais algum tempo, venhamos a obter o resultado almejado.

5O COMPASSO - Quais outros Países da Europa os Maçons de nossa GLEB não podem frequentar suas Lojas Simbólicas?

Jair Tércio – Alemanha, Chipre, Finlândia, Espanha, Grécia, Holanda, Itália (Grande Oriente), Noruega, Portugal, Romênia, Sérvia e Suíça, são os países com reconhecimento mútuo, portanto podem ser visitadas sem problemas.
Autria, Bélgica, Dinamarca, Escócia, França, Hungria, Inglaterra, Irlanda, Islândia, Luxemburgo, Moldávia, Rússia, San Marino, Suécia e Ucrãnia, são as Grandes Lojas que a GLEB ainda não tem reconhecimentos.
Existem 13 países europeus com GL “novas” e regulares que não estão nesta lista porque não estão no List of Lodges, e a GLEB ainda não tem reconhecimentos com estas Potências.
Estamos trabalhando para buscar e afirmar o reconhecimento de todas as Grandes Lojas regulares do mundo e estender o nosso reconhecimento para todas, sempre estreitando os laços que nos unem como verdadeiros Irmãos.

6 – O COMPASSO - Quantos Maçons ativos atualmente compõem nossa GLEB?


Jair Tércio Cunha Costa - O quadro de ativos atuais da Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia – GLEB é de 5690 (cinco mil seiscentos e noventa) obreiros, sujeito a alteração para mais, em virtude do ingresso de novos candidatos iniciados nos quadros da nossa Grande Potência.

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