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Dicas de Direito Previdenciário

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VR - Advocacia & Consultoria Jurídica

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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

IMPRENSA MAÇÔNICA

Nascimento da ABIM

Dia da imprensa maçônica no Brasil.





Corria o ano de 1991. Xico Trolha estava no Recife desde o dia 10 de novembro. Viera de Londrina na expectativa de ver as Ruínas do Senado da Câmara, O Mercado da Ribeira e as ladeiras de Olinda.
Em 1710, no dia 10 de novembro, no Senado da Câmara, falou-se de independência na Colônia. Sonhos! Bernardo Vieira de Melo que havia governado o Rio Grande do Norte, teatralizou aqueles sonhos. Deu o primeiro grito de República nas Américas. Seu gesto valeu-lhe a vida. Morreu nos calabouços do Limoeiro, nas cercanias da Corte. Porém não foi em vão. “A República é filha de Olinda”, lembra o hino de Pernambuco. Xico queria ser fotografado ali, frente às ruínas. E foi.
Queria mais: sentir o aroma que vinha das flores regionais, trazido pelos ventos soprados dos bosques, onde eram escondidos os escravos, para, em algum momento, serem expostos e negociados no Mercado da Ribeira. Xico, como todos os maçons, sentia náusea, bastava lembrar da escravidão...
Certa feita, um poeta local falara para o Xico que as ladeiras de Olinda, de tão íngremes, pareciam, no topo, furar as nuvens, e, vistas do pé, mais se assemelhavam a escadas do céu. E ele, ao constatar isto, dizia-me: “Quando me indagarem sobre a Escada de Jacó, vou responder que lembra as ladeiras de Olinda que esbarram na porta do céu”.
Dia 11 de novembro, já estávamos reunidos no Recife: Xico Trolha, Carlos Pacheco e Castellani. Eles eram meus convidados. Eu, proustianamente inspirado, estava “à procura do tempo perdido” com referência à aprendizagem maçônica. E aqueles irmãos e amigos sabiam muito e sempre se prontificaram a me indicar os caminhos, não “os de Suwam”, mas os da arte real.
Tínhamos um projeto comum. Insistir na união dos irmãos, pois é nesse estado, que “acontecem o bom e o suave”. Para a consecução desse objetivo, sabíamos da espessura dos muros que haveriam de ser demolidos. Mas não importava o esforço, por maior que fosse. Importante mesmo e gratificante era antever a cadeia de união resultante e proporcionada pelas pontes construídas.
Veio então a ideia de se iniciar esse trabalho, gerando-se uma associação dos produtores de notícias dos feitos da Ordem. Unanimidade! Não só produzir, mas divulgar e, nessa atividade, estimular o acompanhamento do progresso na arte da comunicação. Eram 12 de novembro, data que não nos pareceu propícia ao evento de anunciação do nascimento de uma associação do porte daquela que vinha de ser fundada. Pois em 12 de novembro de 1823, militares armados cercaram o prédio, onde estavam reunidos os Deputados que elaboravam, no Rio de Janeiro, a 1º carta magna de nossa Nação, e por decisão de S.M.I. ficava dissolvida a Constituinte. Data de tristes lembranças...!
 Dia 13 de novembro de 1991, no Templo da Loja Maçônica “10 de Novembro de 1710”, a 33 metros das ruínas do Senado da Câmara, em Olinda, pelas 20 horas, com o ocidente e o oriente completamente preenchidos por irmãos maçons, foi anunciada a fundação e instalação da Associação Brasileira da Imprensa Maçônica – ABIM.
São decorridos 20 anos, tendo a ABIM cumprido seus objetivos. Associados em todos os recantos do Brasil e de todas as Potências Maçônicas. Revistas modernas, editoradas nos padrões tecnológicos mais avançados. Boletins e jornais produzidos em grau de excelência. Encontro nacional de seus dirigentes, todo ano, renovando os ideais na exaltação à cultura maçônica.
Cumprimentamos todos os associados da ABIM, com a mesma certeza com que James Anderson compilou as Constituições – “a Maçonaria é um centro de união”.
Xico Trolha e Castellani, rogai por nós!
Salve 13 de novembro, dia nacional da imprensa maçônica!

Por Ir.•. Antônio do Carmo Ferreira.
Presidente da Associação Brasileira da Imprensa Maçônica – ABIM. Recife – Pernambuco.

ARTIGO

O sigilo maçônico


A definição de Maçonaria é bastante clara, tanto quanto o é seu sistema administrativo e a respeito disso nunca houve sigilo algum. Além do mais a localização das sedes dos grandes orientes e das grandes lojas, bem como dos templos e das sedes das lojas, sempre foram publicamente conhecidos e inclusive identificados por símbolos em suas fachadas. A maioria tem na atualidade seus nomes e endereços nas listas telefônicas oficiais, que são também reproduzidos nos envelopes e nos papéis de correspondência. Os estatutos das lojas e as constituições dos grão-mestrados são publicados nos diários oficiais e constam dos registros públicos.
Em época alguma, mesmo nos tempos dos maçons operativos, foi a realização de reuniões maçônicas ocultada ao público, pois a todos os interessados sempre foi fácil saber onde e quando os maçons se reuniam e, na maior parte das vezes, saber quem eram os que se reuniam. Sob este aspecto ficaria melhor se a chamássemos de sociedade discreta, e não sociedade secreta.
Vemos que o "segredo maçônico" em época alguma teve a intenção de encobrir tramas cavilosas ou atividades ilegais. O segredo é mantido na Maçonaria Moderna como elemento de união entre os irmãos, pois sabe-se quando pessoas compartilham um segredo, qualquer que seja a sua natureza, cria-se entre elas um forte vínculo.
Manter sigilo a respeito de atividades institucionais não parece ser algo abominável. A eleição do papa da Igreja Católica, por exemplo, é feita sob o sigilo tão rigoroso que as próprias portas do recinto eleitoral são lacradas pela parte externa, para que nenhum participante possa comunicar-se com alguém do exterior, e vice-versa. Há também o inviolável sigilo da confissão. A opção pelo sigilo, desde que não se preste à ocultação de ilegalidades, é um direito de cada instituição.
Criticar os segredos de outras instituições sem demonstrar que eles ocultam ilegalidades é, de qualquer forma, uma intromissão indevida e antiética.
O Sigilo é, senão o mais importante, pelo menos um dos conceitos mais atacados pelos opositores da Maçonaria.
Assim é que a adjetivação usada pelos inimigos da Maçonaria, rotulando-a de religião ou organização secreta, objetiva impactar os sentimentos, as emoções do grande público incauto, transmitindo-lhe sempre o sentido "negro" do ocultismo.
Ao contrario de nossa Sublime Ordem, as organizações secretas operam na clandestinidade, na ilegalidade, sem paradeiros, sem endereços, em locais "subterrâneos", desconhecidos e não sabidos. E mais, reúnem-se com fins escusos.
Dizer-se que a Maçonaria é uma organização secreta, dentro desse conceito ocultista usado pelos seus detratores que sofismam na sua argumentação é realmente mera especulação.
Como pode ser secreta uma organização que promove solenidades "brancas", trazendo para os seus templos autoridades dos três poderes do governo, como convidados ou como palestrantes e, até mesmo, como homenageados?
Como pode ser secreta uma organização que não tem um poder central, como as praticadas por àquelas marginais e herméticas e por muitas organizações religiosas, inclusive as suas inimigas?
A Maçonaria tem sim os seus segredos, não há o que negar. Mas longe está de ser uma organização secreta.
Não seria demais citarmos que o próprio Jesus Cristo, o nosso amantíssimo Redentor, no seu ministério aqui na terra usava nos seus ensinamentos ao povo e aos discípulos, respectivamente. Quando falava aos discípulos, pedia-lhes sigilo daquilo que ensinava. Entre tantas citações que se encontram na Bíblia a esse respeito, vale mencionar pelo menos a que se encontra em Mt. 17: 9, a qual registra as palavras de Jesus a Pedro, Tiago e João, depois da transfiguração: 9 Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos.
O cuidado de preservar os nossos segredos, o nosso sigilo, é muito importante e deve merecer de todos Irmãos uma grande e firme atenção, para assegurar à nossa Sublime Ordem uma eficiente, tranqüilizadora e cada vez maior segurança. Isso é parte indispensável do comportamento maçônico. Como no caso da oração, devemos estar sempre alertas, para preservar o "sigilo maçônico".

Por Ir.•.  Leandro Alves Coelho

M.•. M.•. da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Areópago Itabunense.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

PALOMAS

PALOMAS – Pacto das Lojas Maçônicas do Sul da Bahia

Fundado em 11 de dezembro de 1999


Durante o ano de 1998, o Ven.•. Mest.•. da Loja Maçônica Areópago Itabunense, o saudoso Ir.•. Rafle Hage Salume, (1997-2001), juntamente com sua Diretoria, cedeu as segundas quartas-feiras de cada mês às Lojas dos Graus Filosóficos (Altos Corpos), para realizarem as suas Sessões, liberando assim, os demais Irmãos para visitarem outras Oficinas. Naquela ocasião, o Pod.•. Ir.•. Jorge Wehbe Neme, entusiasmava e incentivava aos demais Irmãos a visitarem nossa co-irmã de Itajuípe, cujas reuniões, também eram nas quartas-feiras. Fato esse, que se tornou rotineiro, com pleno êxito.
A Diretoria da Loja Areópago Itabunense, vendo o grande entusiasmo dos Irmãos, tiveram a ideia de fazer um movimento de âmbito Regional. Inicialmente conclamou 9 (nove) Lojas dos Orientes que circundam sua cidade, e realizou uma grande Reunião no Or.•. de Itabuna no dia 11 de dezembro de 1999. Estava fundado o PALOMAS.
Com a presença dos Veneráveis juntamente com sua Diretoria e demais Obreiros, Delegados Distritais e Representantes da GLEB, o encontro foi um sucesso absoluto, adotando o nome de PALOMAS - Pacto das Lojas Maçônicas do Sul da Bahia, que além dos encontros que realizaram ao longo do ano, avaliam a atuação e traçam metas para o ano seguinte.
Pacto formado pelas Lojas Maçônicas da Região, jurisdicionadas da GLEB - Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia, para juntas, com o poder de liderança de seus Membros e a força das suas Colunas, trabalhar pelo Bem Comum, em favor das Comunidades, da Sociedade Regional e da Maçonaria Universal, tendo obtido  significativas investidas nas área de segurança pública e saúde, bem como para o próprio aperfeiçoamento dos Trabalhos e desempenho da Ordem Maçônica
          Principais Objetivos:
- Realizar Reuniões para debates de temas de interesse da maçonaria e da sociedade em geral, (litúrgico e ritualístico ou econômico, social e político).
- Uniformizar a prática do que rezam os rituais, cumprindo rigorosamente, para que os procedimentos dos trabalhos nas Sessões, sejam iguais, em todas as Lojas;
- Maior empenho para que nos conheçamos melhor. A força de cada um de nós. A nossa força na região. Quem somos, quanto somos;
- Na atividade profana, sempre que possível, dar preferência ao Irmão que seja da área comercial ou de Prestação de serviços;
- Fazer movimento interno para elegermos Irmãos do Quadro, quando candidatos a cargos públicos;
- Procurar renovar, com constância, o quadro da Loja, tendo como lema: "RENOVAR – QUANTIDADE COM QUALIDADE”;
- Unir e Integrar, cada vez mais, as Lojas do Pacto, fomentando a adesão de outras Lojas;
- Intensificar, gradativamente, nossa atuação junto à comunidade e conclamar, sempre que a situação exigir, a adesão das demais entidades locais e as Lojas dos Orientes circunvizinhos.
Compõe o PALOMAS as Lojas Areópago Itabunense do Or.•. Itabuna, Acácia do Sul do Or.•. de Itajuipe, Filhos da Acácia Or.•.  Coaraci, Força e União de Itororó do Or.•. de Itororó; Mahachoan do Or.•. de Camacan; Obreiros do Areópago do Or.•. de Ibicaraí; Obreiros da Regeneração do Or.•.Uruçuca; Romã do Progresso do Or.•. de Buerarema e União; Caridade Or.•.de Canavieiras; Vigilância e Resistência do Or.•. de Ilhéus e Acácia Grapíuna do Or.•. de Itabuna   – que são ligadas a Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia (GLEB).

domingo, 3 de fevereiro de 2013

REFLEXÃO MAÇÔNICA

O Aprendiz e o silêncio

Peço data venia aos que pensam em contrário, mas por entendermos que o Aprendiz Maçom está adentrando a um “mundo novo”, necessário se faz o silêncio do mesmo em Loja nos seus primeiros momentos, que é importante por, pelos menos, duas razões: para a compreensão da simbologia que o circunda e para a demarcação de prioridades no seu processo de aperfeiçoamento.
Sem sombra de dúvida que fazemos esta defesa sem querer que o silêncio seja na forma convencional que a Maçonaria defendia em tempos pretéritos, mesmo porque vivemos novos tempos, o que requer novas práticas.
O Aprendiz Maçom passa por um processo de integração num grupo novo, com regras específicas, com uma ligação interpessoal forte. Desejaria, porventura, ter uma atitude proativa de se dar a conhecer, de intervir, de mostrar o seu valor. Mas precisa ser prudente e moderado, porque tem o seu valor, e todo o grupo é sabedor - por isso o aceitou no seu seio -, o conhecimento advirá, nos dois sentidos, com o tempo e a naturalidade dos contatos entre todos.
Além disso, o Aprendiz Maçom está num processo de mudança de paradigma quanto à forma de estar social. Os valores apreciados nos meios profanos não serão os mesmos que são proferidos entre os maçons. Na Maçonaria não se busca eficiência, produtividade, riqueza, estatuto, etc.. Na Maçonaria valoriza-se a força de caráter, o reconhecimento das próprias imperfeições, o desejo de melhorar, a ponderação, o respeito pelo outro, a tolerância, a paciência, etc.. Seria injusto para o Aprendiz Maçom que, vindo das realidades do mundo profano, está ainda em processo de adaptação aos objetivos do método maçônico de aperfeiçoamento, deixá-lo expressar opiniões, sem as devidas orientações, que cabe a todos os irmãos maçônicos, especialmente ao 1º Vigilante e ao Venerável.
Entendemos que a aprendizagem na Maçonaria é um processo de tentativa-erro-correção e o aperfeiçoamento pessoal é um processo também com estas vicissitudes. Além disso, errar é normal. Será, porventura, até necessário. Os maçons experientes sabem-no. Mas quem está a soletrar as primeiras letras do novo alfabeto de valores e símbolos só com o tempo o verificará. E se após as básicas e necessárias orientações, por ventura errar publicamente, não deverá arrefecer seus ânimos e sentir-se diminuído com isso. Muito pelo contrário, deverá ser um elemento motivacional de crescimento e aperfeiçoamento humano-maçônico.
    Entendemos, portanto que o silêncio inicial do Aprendiz lhe proporcionará a curto e médio prazo, o pensar, o refletir e o meditar que são “ferramentas” imprescindíveis para a comunicação com moderação e sensatez. Além disso, pensar, refletir, meditar e falar são atribuições também inerentes aos iniciados maçonicamente.

Por Ir.•. Vercil Rodrigues

Editor-fundador do jornal e site Maçônico “O Compasso” www.jornalocompasso.blogspot.com.br  e Membro da A.•. R.•.  L.•. S.•. Areópago Itabunense. Itabuna – Bahia.